A conferência pública sobre “o papel do jornalismo na democracia” foi o pontapé de saída do encontro internacional Media e Cidadania que decorreu durante dois dias no país no quadro da terceira quinzena da Cidadania. O evento que foi presidido pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros Comunicação Social e Novas Tecnologias, Wuando Castro contou com a participação de fazedores da comunicação Social, estudantes de jornalismo, docentes e diversas outras individualidades.
A cidadania activa requer participação tanto na esfera pública como na colectividade. Neste sentido o presidente da FONG-STP referiu que esta conferência pública reveste-se de grande importância “para todos nós enquanto santomenses e agentes capazes de impulsionar mudanças na maneira de comunicar e informar com o propósito de melhorar paulatinamente a participação cívica do cidadão. Existem várias formas de participação e esta conferência pública associada ao encontro dos media e cidadania servirão de momentos ímpares para todos nós reflectirmos profundamente sobre o jornalismo na actualidade e sobre o papel dos jornalistas numa era de múltiplos desafios e notícias falsas “ referiu Cândido Rodrigues.
O presidente da Associação dos Jornalistas Santomenses no seu discurso sublinhou que este encontro é um espaço” de diálogo proposto pela sociedade civil organizada que deve ser alargado e multiplicado constantemente. Os profissionais dos media estão sempre no meio de conflitos devido aos interesses contraditórios e regra geral devem desempenhar um papel de mediação procurando facilitar entre os seus representantes. Em qualquer sociedade os grupos mais fortes tendem a controlar os meios de comunicação social nas suas diversas fases, hoje com maior alcance devido as redes sociais”, disse Juvenal Rodrigues
Num mundo onde
todos fazem notícias e são ditos jornalistas a representante da ACEP apontou
alguns desafios em volta desta conferência e do verdadeiro papel do jornalista
no processo de desenvolvimento.
“ Assistimos a
uma tendência geral de perseguição ao jornalismo, aos jornalistas e há vários
desafios para pensarmos em conjunto. Mas gostaria de apontar aqui um desafio
que tem a ver com a desinformação e as fake news/ notícias falsas que
proliferam no nosso universo digital e também as potencialidades e desafios das
redes sociais. Pois elas não são só um perigo, são também uma potencialidade
para se chegar a mais gente. A crise do próprio modelo de jornalismo e tentativas
de controlo estatal também é importante nós realçarmos”, sublinhou Filipa
Oliveira
O governo
defende a pluralidade de informações e reconhece que os jornalistas devem saber
se afirmar nos tempos que correm. Segundo o ministro da Presidência do Conselho
de Ministros Comunicação Social e Novas Tecnologias, Wuando Castro, “apesar de
governo ter em conta as necessidades dos media nem sempre há disponibilidade
financeira para apoiar os sectores e claro este tipo de evento realizado pela
sociedade civil organizada, daí a importância dos financiadores. Os jornalistas
são construtores da realidade, influenciadores natos e se não puderem se
afirmar como veículos credíveis de informação poderão ser ultrapassados pelas
novas formas de difusão de notícias como as plataformas digitais”, disse
Conferência
Pública “ o papel do jornalismo na democracia” decorreu no anfiteatro da
Universidade Pública de São Tomé.
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