terça-feira, 19 de novembro de 2024

Feira de Livros

 

Feira do Livros da 6ª Quinzena da cidadania patente no Centro Cultural Português

No quadro da 6ª Quinzena da Cidadania que decorre em São Tomé e Príncipe, está patente no Centro Cultural Português até ao dia 28, uma feira de livros. Nela pode-se encontrar obras de diversos autores, tanto da literatura internacional, Ciências Sociais como da literatura infantojuvenil.  Tem de tudo um pouco.  Os amantes da literatura africana poderão se deliciar com obras de escritores são-tomenses e angolanos como São Lima, Mia Couto e José Eduardo Água Lusa.

Rita Cavaco em representação da Associação para a Cooperação Entre os Povos avançou que a feira tem uma oferta diversificada e que estão patente cerca de quinhentos livros diversos.

“ Temos livros distintos desde a literatura africana, ciências sociais, portanto para público diverso apesar de nós termos apostado muito na literatura africana”, avançou

O presidente da FONG-STP , Cristiano Costa referiu que a divulgação da literatura sobretudo africana é um dos objectivos desta feira de livros.

“ É uma forma de adquirir livros sobretudo dos autores de PALOP, uma vez que o nosso mercado é reduzido. Esta actividade está enquadrada na 6ª Quinzena da Cidadania e tem sido a tradição a realização de feira de livros. As pessoas podem se dirigir aqui para aquisição de diversos livros”, disse

A directora da Biblioteca Nacional e professora , Marlene Jose, sublinhou que gostou do que viu patente realçando que “tem muitas obras de autores africanos que  os alunos não têm tanto conhecimento assim então venho a feira para adquirir as obras e ter um suporte para trabalhar com os meus alunos. Temos uma feira bastante diversificada e comprei duas obras uma do Mia Couto e outra de uma nigeriana que gosto muito. São autores que abordam aspectos culturais sobretudo da sociedade africana. É uma boa iniciativa e vai contribuir para incentivar a leitura e aumentar a capacidade de escrita dos alunos”, referiu.


Ainda no quadro das actividades desta 6ª Quinzena da Cidadania está previsto para esta quarta-feira a um workshop sobre o assédio em São Tomé e Príncipe. Uma actividade que irá decorrer a partir das 15h.30 minutos  na Reina ( rede de incubadora).

De realçar que a 6ª Quinzena  da Cidadania é organizada pela FONG STP, a Associação para a Cooperação Entre os Povos, a Associação dos Jornalistas Santomenses e a Associação Santomense de Mulheres Juristas  no quadro dos projectos “Melhor Governação, Mais Direitos, Mais Cidadania” e “Observatório das Políticas e da Governação  de São Tomé e Príncipe” e conta com o apoio da União Europeia e da Cooperação Portuguesa.

 


6ª Quinzena da Cidadania debate “Vida Digna e Participação”

            

                               Arranque da 6ª Quinzena da Cidadania em STP

Sob o lema “ Vida Digna e Participação”, o Centro Cultural Português com plateia cheia foi palco da conferência inaugural da 6ª Quinzena da Cidadania. Um evento de duas semanas que procura contribuir para o reforço da participação das crianças, jovens e adultos na vida democrática em São Tomé e Príncipe. 

O presidente da FONG-STP começou por referir que a Quinzena reflete a resiliência da sociedade civil. 

 “A 6ª Quinzena procura contribuir para a construção de uma sociedade democrática livre e com envolvimento de todos”, defendeu Cristiano Costa

Representante da Cooperação Portuguesa, Celeste Sebastião referiu que esta 6ª Quinzena da Cidadania pretende reforçar a participação das organizações da sociedade civil que “não estão directamente no projecto.  Esta conferência proporcionará um fórum de reflexão relevante sobre um tema que é crucial para todos, assim como ao longo de toda a Quinzena.”

 

Já Nelson Dias, em representação da Associação para a Cooperação Entre os Povos destacou que a 6ª Quinzena da Cidadania é uma celebração da democracia e da cidadania, pois toca no essencial que é o “ acesso universal dos serviços, customizar os serviços e democratização de próprio serviço. Olhar para as pessoas como parceiros e co- produtores dos serviços públicos. Quando colocamos na agenda o tema da participação pública estamos a dizer que o Estado pode contar com a sociedade civil como parceira na co-produção dos serviços públicos”, disse

 A ACEP entende ainda que a participação é em si um serviço que é “prestado ao país, um serviço prestado à democracia. O acesso à participação é o exercício de um direito humano essencial. Todos nós temos que trabalhar em conjunto no sentido de colocar na agenda de quotidiano”, reforçou Nelson Dias

 Durante o seu discurso David Morrucci, em representação da embaixadora da União Europeia enalteceu o tema escolhido para esta Quinzena.

“O tema escolhido este ano é suficientemente abrangente para que todas as organizações da sociedade civil possam dar o seu contributo. É um palco também para reforçar e alargar a participação das organizações da sociedade civil que não estão directamente envolvidas na implementação do projecto mas que terão muita contribuição a dar ao longo destas duas semanas.”


A 6ª edição terá a tradicional feira do livro,  um debate televisivo sobre a aprovação da Lei de Acesso à Informação, um workshop sobre assédio em São Tomé e Príncipe,   além de um concerto da  Orquestra Infantil Rizoma e a exibição do documentário “Entre Dois Mundos: Histórias de Emigração de São Tomé e Príncipe a Portugal”. 

A ministra da Educação Cultura e Ciências , Isabel Abreu que presidiu o acto apelou à participação das pessoas para este evento nacional “ quero apenas apelar aos participantes, à sociedade civil de uma maneira geral, aos políticos de modo a cingirem no tema escolhido durante a Quinzena. Gostaria de convidar toda a sociedade a participar  neste evento e a contribuir de forma a melhorar o nosso processo participativo e ao mesmo tempo o desenvolvimento do país”, referiu a responsável política.

Durante a conferência de abertura da 6ª Quinzena da Cidadania foram apresentado os principais resultados de relatórios sobre direitos humanos no país. Uma actividade que gerou debate acesso e contou com as experiências de convidados vindos de Moçambique e Guiné-Bissau. 




terça-feira, 12 de novembro de 2024

Arranca 6.ª Quinzena da Cidadania dedicada à Vida Digna e Participação

Arranca no próximo dia 15 de Novembro a sexta edição da Quinzena da Cidadania sob o lema “Vida Digna e Participação”, realizada no âmbito dos projectos “Melhor Governação, Mais Direitos, Mais Cidadania” e “Observatório das Políticas e da Governação de São Tomé e Príncipe”.

A quinzena da cidadania é um evento que procura contribuir para o reforço da participação das crianças, jovens e adultos na vida democrática em São Tomé e Príncipe. 

A 6.ª edição terá a tradicional feira do livro, conferências, apresentação dos principais resultados do relatório  sobre o acesso aos Direitos Humanos em São Tomé e Príncipe , um debate televisivo sobre a aprovação da Lei de Acesso à Informação, um workshop sobre assédio em São Tomé e Príncipe,   além de um concerto da  Orquestra Infantil Rizoma e a exibição do documentário “Entre Dois Mundos: Histórias de Emigração de São Tomé e Príncipe a Portugal”, entre outras actividades.

Destaca-se ainda a realização da conferência “Caminhos para a Sustentabilidade do Mar em São Tomé e Príncipe” e o diálogo institucional para a implementação de uma experiência de orçamento participativo ao nível de local.  

As actividades serão realizadas na capital e nos distritos de Lobata, Lembá e Caué com o envolvimento de associações assim como as autarquias.  

A 6.ª Quinzena da Cidadania é uma iniciativa da Federação das ONG’s em S. Tomé e Príncipe (FONG STP), da Associação para a Cooperação Entre os Povos, da Associação dos Jornalistas Santomenses e da Associação Santomense de Mulheres Juristas, à qual se associaram outras organizações da sociedade civil e conta com apoio da União Europeia e da Cooperação Portuguesa.

PROGRAMA COMPLETO

sexta-feira, 14 de junho de 2024

FONG participa em Oficina sobre tendências da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento

A Federação das Organizações Não Governamentais de STP, FONG-STP irá participar durante três dias na Oficina sobre Tendências da Cooperação Internacional para o desenvolvimento em Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe que irá decorrer nos dias 18, 19 e 20 deste mês na sede da Plataforma das ONG´s de Cabo Verde. 

A FONG-STP estará representada no evento pelo secretário Permanente Eduardo Elba e pelo Técnico de comunicação Alexandro Cardoso.



Durante os três dias irão debater entre outros assuntos as principais tendências, continuidades e rupturas do sector da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (CID) em Cabo Verde, na Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. A oficina pretende ainda facilitar uma análise crítica do sector, discutir o seu papel no desenvolvimento sustentável e perspectivas futuras.

O certame é uma parceria entre a Associação para a Cooperação Entre os Povos, a Plataforma das ONG’s de Cabo Verde, a Casa dos Direitos, representada pela Tiniguena – Esta Terra é Nossa! e a Federação das ONG’s de São Tomé e Príncipe. Realiza-se no âmbito do projecto “Construir em Parceria: Sociedade Civil em Rede em Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe”, financiado pelo Camões I.P.

O projecto tem como objectivo central contribuir para um ambiente mais favorável ao exercício da participação e à melhoria da governação e da prestação de contas das políticas de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento em Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, a partir da intervenção das Organizações da Sociedade Civil (OSC). Pretende ainda contribuir para o reforço de sinergias e potenciar o trabalho entre redes de organizações da sociedade civil nos países acima referidos para a promoção da participação pública e da boa governação.



De realçar que a delegação são-tomense que irá tomar parte no evento deixará o país este sábado.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Crianças vulneráveis clamam por mais atenção das autoridades

As crianças têm o direito de viver e crescer num ambiente familiar que proporcione apoio. O carinho e o estímulo são componentes críticas do desenvolvimento e crescimento saudável de uma criança. Metade das crianças vive em agregados familiares com ambos os pais biológicos e 42% têm pelo menos um dos pais a viver no estrangeiro ou noutra parte do país. Apesar destes indicadores muitas crianças ainda vivem em condições precárias e são acolhidas em lares e casas de acolhimento para crianças e jovens.A Fundação Novo Futuro acolhe no momento 18 crianças dos 3 aos 16 anos de idade. Katya Calege e Fátima Gomes, lidam diariamente com estes meninos que além de necessidades básicas clamam por afecto.

“ Estamos com muitas crianças que foram abandonadas pelos pais, outras que os pais não têm condições para cuidar. Os meninos vivem directamente aqui. Eles ficam a deriva e cabe a nós damos o suporte. Além de tudo proporcionamos também educação de qualidade para os nossos meninos”, disse Katya Calege



Além da falta de água corrente na Fundação situada em Budo-budo, os meninos carecem de “roupas, géneros alimentícios, porque o que conseguimos não é suficiente. Tem que haver um assumir por parte das autoridades para nos apoiar também. Nós fazemos muito e sozinhos não conseguimos dar a estas crianças vulneráveis o que precisam”, concluiu Fátima Gomes

A associação para reinserção de crianças abandonadas e em situação de risco-ARCAR, tem um centro de acolhimento em Mesquita que alberga no momento 50 rapazes dos 4 aos 17 anos.

“ Os meninos vivem aqui e quando atingem a maioridade voltam para casa dos familiares, ou vão para outros locais escolhidos por nós para que não se percam. Aqui eles estudam, fazem todo o percurso deles e temos aulas de apoio também”, explicou Balbina Trindade, responsável de ARCAR




A instituição tem parceria com a cooperação portuguesa e o governo, mas este último pouco ou nada tem feito para ajudar.

“O apoio de governo tem sido muito fraco. Se não fosse a cooperação portuguesa não estaríamos a existir mais. Governo fica muito tempo sem nos dar apoio e quando o faz é uma coisa irrisória e daí que temos de racionalizar a alimentação dos meninos. Nós fazemos o papel do governo. Para manter isso diariamente não é fácil e o governo precisa nos ajudar”, disse Trindade

Além disso, têm centro socioeducativo em Mulundo e Bairro da Liberdade “com cerca de 80 crianças que damos educação, alimentação e ficam lá até as 17 h. É muito complicado quando não tempo apoios suficientes”, rematou Balbina Trindade

“ Lutar por famílias mais estruturadas, combate ao abandono escolar e luta pelos direitos das crianças “ são as prioridades da Fundação da Criança e da Juventude. A ONG trabalha com crianças vulneráveis, mas “com muito talento e podem ir longe, se tiverem oportunidades. Por isso, o nosso foco é dar-lhes educação. Trabalhamos durante o dia, os meninos depois de regressarem da escola, temos aulas de apoio, actividade extracurricular e não só. Depois regressam as suas casas. Fazemos também acompanhamento das crianças para percebermos se estão a passar por alguma situação de violência ou maus tratos”, avançou Inês Fernandes, voluntária da instituição




Com apoio de alguns parceiros têm conseguido realizar as suas acções.

“ Através do projecto RIZOMA temos conseguimos fazer com que as crianças mostrem o seu potencial. Fazemos campanhas de sensibilização sobre os direitos e ambiente. Temos uma parceria com cerca de 7 ministérios e tentamos trabalhar em conjunto para o combate ao abandono escolar e a proteção dos menores. Não é uma tarefa fácil”, frisou Inês Fernandes

Assim como as instituições em cima referidas, existem no país várias outras caritativas e sociais que preocupam com as crianças vulneráveis e as acolhe. A Casa dos Pequeninos em Obôlongo, gerido pela Cáritas é outro exemplo. Acolhe mais de 20 crianças abandonadas, inclusive tem bebés neste momento.

A protecção e desenvolvimento da criança deve ser um compromisso nacional.

Dedier dos Santos, director do Gabinete de Estudo, Planeamento e Coordenação de Parceria do Ministério do Trabalho e da Solidariedade avançou que o governo nem sempre tem condições para dar o apoio que as instituições precisam.

“O governo não consegue abraçar tudo. Por isso, temos estas casas de acolhimento como parceiros. Algumas destas casas de acolhimento têm apoios da cooperação portuguesa através do nosso ministério. Nós temos que apoiar mas nem sempre conseguimos“, disse

O Director do gabinete de estudo, planeamento e coordenação de parceria do ministério do trabalho e da solidariedade frisou ainda que é preciso que haja pessoas também capazes de adoptar as crianças “existentes nestes lares para que haja espaço e oportunidade para outras crianças que necessitam ser acolhidas. Temos facultado o ingresso de muitos meninos de ARCAR por exemplo a universidades, enfim. As crianças não entram nos projectos para ficarem lá para sempre. Têm de sair e ser acolhidas para dar possibilidade a outras que também precisam. Governo tem tido alguma dificuldade, mas estamos a fazer mediante as possibilidades do país”, rematou

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Dia Internacional da Imprensa em S. Tomé: Jornalistas acusam os governantes pela degradação da classe


Os jornalistas são-tomenses acusaram os sucessivos governos de serem os responsáveis pela degradação da classe. No evento realizado recentemente para assinalar o Dia mundial da liberdade de imprensa, o jornalista e diretor do Jornal Tela Nón, Abel Veiga acusou a classe política de transformar muitos jornalistas em marionetes.

“Os políticos, dirigentes desse país é que são os responsáveis pela desunião, pela degradação desta classe. Há muita gente da nossa classe profissional que se transformou em marionetes dos políticos deste país e fazem os jogos dos políticos, por isto é que a classe e a comunicação social deste país estão desfeitas e não vão a lado nenhum, por causa da interferência e dos jogos dos políticos”, afirmou Abel Veiga.



O director do jornal Tela Non foi mais longe dizendo que “eles querem que a coisa fique assim, para terem as pessoas nas mãos para manipular, para usar, para financiar (…) é esta a realidade”, concluiu.

O padre Vicente Coelho, responsável pela Rádio Jubilar-emissora católica, também denunciou a falta da liberdade de imprensa no país e das várias cartas de ameaças que tem recebido. O pároco da igreja da Sé que foi um dos oradores na conferência, para falar sobre o papel da comunicação social no fortalecimento da democracia considerou ser “uma perca de tempo se falar de liberdade de imprensa. Aqueles que se exprimem livremente são sancionados, marginalizados. Quem não pensa como aquele que governa é visto como inimigo”, disse Vicente Coelho

As denúncias foram feitas no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, durante a conferência sobre “Liberdade de Imprensa e Cidadania – Desafios e Responsabilidades”, promovida pelo Conselho Superior de Imprensa, Sindicato e a Associação dos Jornalistas Santomenses.





À margem da actividade e ainda em relação à data, a jornalista Vivalda dos Prazeres apelou “persistência” à classe, uma vez que o jornalismo é “parte fundamental da construção do processo civilizatório e que com ele a democracia ganha sempre um olho vigilante. Os colegas devem ser unidos, ter sigilo profissional. Existe um excesso de interferência da política na Comunicação Social. Isso é claro e não podemos esconder. Usam o seu poder para ter a média no seu controlo e instalam medo, subornam os profissionais, enfim. Devemos ser fortes”, concluiu Vivalda Prazeres.

terça-feira, 30 de abril de 2024

Conferência sobre Liberdade de Imprensa e Cidadania

  

                                Dia mundial da Liberdade de imprensa


No âmbito do dia 3 de Maio, Dia mundial da Liberdade de Imprensa, o Conselho Superior de Imprensa em parceria com o Sindicato dos Jornalistas e a Associação dos Jornalistas promovem na próxima sexta-feira, uma conferência sob o lema" Liberdade de Imprensa e Cidadania - Desafios e Responsabilidades".

No evento que terá como palco o Centro Cultural Português, os profissionais da comunicação social irão reflectir sobre a " regulação da imprensa no país", o " papel dos órgãos de comunicação social no fortalecimento da democracia" e "como melhorar o serviço público da comunicação social ".


sábado, 27 de janeiro de 2024

5ª Quinzena da cidadania promove tertúlia sobre “Caminhos para o empoderamento da mulher”

                                                        


“Novos caminhos: Mulheres, Cultura e Criatividade” foi tema de conversa entre cerca de 30 representantes de mulheres das comunidades do distrito de Lembá. A iniciativa enquadrou-se na quinta quinzena da cidadania que terminou esta sexta-feira (26/01).

A tertúlia foi um momento de troca de experiências, para falar de preocupações e desafios, assim como da necessidade de se organizarem em rede para encontrar soluções em conjunto, na perspetiva do seu empoderamento económico e social.

Por exemplo, a empreendedora, Iva Rodrigues, manifestou-se animada com o rumo do seu negócio.

“Antes fazia doce de coco, que dava-me muita vantagem. Agora faço gelado. Não tenho medo de trabalho. Posso amarrar 300 plásticos de gelado agora. Tem saída. Eu guardo sempre algum dinheiro. Quando o negócio fica fraco, assim posso retomar. E vou terminar meu curso este ano”, explicou. 
Iva já tinha feito uma formação em gestão.

A literacia financeira foi igualmente abordada. De momento, não há nenhum banco no distrito. Xiquilá, nas suas diversas modalidades, é a única alternativa para fazer poupança. Um grupo de amigos ou colegas de trabalho definem as regras. Ou seja, o montante da contribuição e o calendário rotativo de receção. Não há juros, nem comissões. É uma espécie de um por todos e todos por um. Este modelo está generalizado, nomeadamente na administração pública.

“Assim que eu recebo, tiro 500 Dobras e pago xiquilá. Quando chega a minha vez de receber, compro algumas coisas para casa… gasto de acordo com as minhas necessidades. Assim é minha poupança”, disse uma das participantes, que trabalha na fábrica Fluta Non (Nossos Frutos).

Algumas são pequenas agricultoras e o roubo nas suas parcelas de terra tem sido uma grande dor de cabeça. Maria de Lurdes Cabral herdou um pedaço de terra da sua mãe. 

“ Planto milho, mandioca e batata. Mas os ladrões não deixam. Sou mulher, não tenho marido para ajudar-me. Quando sair do trabalho às 17 horas vou com a minha vizinha ver o campo, porque gente de fora está a roubar muito. Neste momento, é de colheita de milho e já estão a roubar. Estão a tirar milho com lanterna. Há dias, lá na Generosa roubaram 5 cabras, de noite, com vizinhos no quintal. E não se sabe, até agora, quem foram os autores. Este é o problema de São Tomé. A gente gasta para os outros. Já chega”.

Contudo, a resiliência e a perseverança continuam presentes.
                                                                     



“Eu tenho uma parcela de terra. Eu mesmo faço a limpeza do meu terreno, quebra de cacau com a ajuda do meu filho. Trabalhava desde 12 anos na empresa Ribeira Palma Praia e quando distribuíram deram-me uma parcela. Era um dependência de Ponta Figo. Hoje, tenho uma boa vida. Criei sete filhos. Quatro rapazes viajaram, duas meninas saíram com bolsa de estudo, tudo com o meu lote. Pertenço a rede de produção de cacau biológico. Eu vivo mais de agricultura” disse Arnalda Ramos de 58 anos.

Na hora do balanço, as participantes consideraram que o encontro foi interessante.

Rebeca Carvalho, assessora da Câmara Distrital para a área do Turismo, destacou um aspecto “muito importante”.

“Como a mulher deve ser resiliente em vários domínios. Estamos a falar não só do empreendedorismo, mas também de como unir forças para resolvermos os nossos problemas. Aprendemos muito hoje e vamos pôr em prática para ajudar-nos a nós próprias, quanto à sociedade em que estamos inseridas”.

Liudimila Leal, membro da Associação de Mulheres Juristas e facilitadora da tertúlia reconheceu que a “interação foi muito interessante. As mulheres falaram não só dos seus problemas, mas também do seu modo de vida. A mulher pratica naturalmente o empreendedorismo, mas às vezes podem não saber tirar o melhor partido. Trouxemos algumas dicas e demos a conhecer as atualizações feitas no mundo sobre o empoderamento feminino e como é que elas devem se posicionar para participar no desenvolvimento socioeconómico da mulher”.

Atividade idêntica realizou-se em Caué, no último dia da quinta Quinzena da Cidadania.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Palestra sobre Direitos Humanos e Cultura em Caué



Depois de Mé-Zochi a caravana da 5ª Quinzena da Cidadania rumou a zona sul do país, mais concretamente a cidade de Angolares para um intercâmbio com os alunos da escola secundária local. 
“Cultura e Direitos Humanos” foi o tema central de conversa aberta de jovem para jovem. Gisela Sousa e Sokeyna Santiago, das associações dos estudantes da Escola Portuguesa e do Liceu Nacional, conversaram com os alunos sobre as temáticas em foco.

Foi um ambiente discontraído e de muita interacção em que os alunos ficaram a conhecer os artigos da Convenção dos Direitos Humanos , sobre a importância de se respeitar o outro e alguns foram contando o que têm visto na comunidade.
“ Aqui não tem muitos casos de agressão física ou violência contra mulher. Mas muita gente trata mal os mais velhos. Quando eles estão a atravessar ninguém vai ajudar porque pensam que são feiticeiros”, disse Euridice Mendes.

Dudene Kapela outra aluna do 12º disse que está “ triste com o país pelo facto das pessoas ricas não irem para a cadeia. Por exemplo um senhor foi preso injustamente e acusado de roubar banana só porque ele é pobre. E depois vieram descubrir que não foi ele. Acho que isso também é violação dos direitos Humanos”.

“ Problema do país é que a justiça não é igual para todos. Está na lei mas não se vê. Doido bateu uma senhora aqui no distrito e ninguém ligou. Quando o mesmo doido agrediu uma pessoa com condições, a polícia veio e levaram o doido para a psiquiatria. Isso é justo?”, questinou Kilza Gomes.



Depois de partilha de histórias e conhecimentos, os alunos mostraram-se satisfeitos com a iniciativa da organização da 5ª Quinzena da Cidadania.

“Eu gostei de actividade e aprendi que todo mundo tem que ter direito igual. Filho de pobre ou de rico tem mesmo direito de ir para a escola”, avançou Marcos Nicolau.

“Eu gostei e aprendi que nós jovens devemos falar mais, ajudar os mais velhos. Eu aprendi que devemos lutar para combater essa ideia de que quem é rico tem mais valor do que os pobres. Em relação aos mais velhos temos que ajudá-los e fazê-los ter vontade de viver de novo e de contar histórias", Lídio Fernandes.

Eduardo Elba, da FONG-STP na sua intervenção para os mais novos explicou o objectivo deste evento e que a equipa se deslocou a Caué no âmbito da Quinta Quinzena da Cidadania que está a decorrer no país.

“E a juventude sendo a grande maioria no país e tendo em conta que Caué é um distrito forte em termos de cultura resolvemos vir para a escola falar sobre estes assuntos com a juventude. E por isso é sempre importante falarmos um pouco sobre a importância da cultura na nossa sociedade e também sobre a situação dos Direitos Humanos aqui no distrito de Caué e no país. Estamos a levar esta actividade para alguns distritos para dispertar a consciência dos jovens”, referiu Eduardo Elba.

As oradoras por sua vez, congratularam-se com a experiência e o ambiente vivo na escola.

“ É importante haver sempre este tipo de actividade para compartilharmos ideias. É um desafio para mim e aprendi bastante com eles. É a partir dos jovens que começa a mudança “, disse Gisela Sousa
Sokeyna Santiago achou a palestra “ super interessante, os alunos participaram bastante e aprenderam sobre os dieritos humanos que é algo que não se fala muito. A ideia da organização foi boa. Acredito que a mensagem foi passada bem”, sublinhou.

Domitilia Sousa da Associação das Mulheres Juristas fez um balanço positivo da actividade. "Abordaram questões do dia-a-dia, alguns fizeram retrato da sua comunidade e foi bom esta troca. Saímos daqui aprendendo também algumas coisas do distrito de Caué e a forma como os jovens pensam”, explicou.

Na recta final da 5ª Quinzena da Cidadania esta parceira referiu ainda que o balanço tem sido positivo, uma vez que “ abordamos assuntos de áreas pouco financiadas como Cultura e Direitos Humanos. Estamos a exercer a cidadania activa, intervindo e fazendo sobretudo a juventude falar e dar o seu contributo” concluiu Domitilia Sousa.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Alunos da escola Maria Manuela Margarido falam sobre os Direitos Humanos



As actividades da segunda semana da quinta Quinzena da Cidadania arrancaram no distrito de Mé-Zochi, na escola Maria Manuela Margarido, onde os alunos do 12.º ano participaram numa palestra sobre os direitos humanos.

“Nós queremos que vocês entendam que todos temos direitos e deveres. E sabendo do nosso direito, conseguimos nos impor e dar o nosso contrituto a sociedade. Vocês, os alunos têm que participar mais”, explicou Arminda Rolim uma das oradoras.

Durante a actividade, questões como maltrato aos idosos, agressão e impunidade também foram afloradas.

“Não podemos nos esquecer dos acontecimentos de 25 de Novembro de 2022. Isso é que despertou a consciência da sociedade civil para as questões dos direitos humanos, numa sociedade democrática isso não pode acontecer. Foi uma violação aos direitos humanos”, disse Arminda Rolim. "O país não tem dono como muitos pensam, por isso tempos que contribuir e dar a nossa opinião”, concluiu.

Por seu lado, Sokeyna Santiago, da Associação dos Estudantes do Liceu Nacional, falou sobre a Convenção dos Direitos Humanos. De jovem para jovem Sokeyna Santiago explicou detalhadamente os 30 artigos da Convenção e da necessidade de cumpri-los no dia-a-dia. Para esta jovem líder o momento da juventude é agora.

“Nós, enquanto jovens, estamos a notar que os Direitos Humanos estão a ser cada vez mais violados no país. As normas não estão a ser aplicadas e enquanto jovens devemos ter uma voz, uma intervenção. Se não o fizermos hoje, vai ser difícil fazê-lo mais tarde”, avançou.

Os alunos classificaram a palestra de gratificante.

“ É uma iniciativa muito boa porque veio nos ajudar a conhecer mais sobre os Direitos Humanos. Eu consegui captar que todos temos direitos, mas é preciso respeitar o próximo. Aprendi que também é importante respeitarmos e cuidarmos das nossas avós e não chamá-las de feiticeira“, disse Edmilson Santiago.



Para Erica Costa a palestra foi “muito elucidativa em relação aos Direitos Humanos. Ouvi coisas que não aprendemos na escola e isso foi bom, principalmente sobre a forma de tratar os mais velhos”, disse.

Durante a actividade os alunos que mais se destacaram e responderam as questões colocadas sobre os Direitos Humanos receberam t-shirts da 5ª Quinzena da Cidadania.

A palestra sobre os Direitos Humanos será estendida a escolas dos distritos de Lobata e Caué.

sábado, 20 de janeiro de 2024

As mulheres nas manifestações culturais em São Tomé e Príncipe - uma exposição de Lourenço Silva



A mostra com 20 imagens captadas pelas lentes do repórter fotográfico, Lourenço Silva, retrata a presença feminina desde o Socopé à Dêxa, passando pela Ússua, Puita, Jogo de Cacete ou Bligá a Auto de Floripes, entre outras.

“Fui fazendo estes registos já há algum tempo, destacando, sobretudo, o à-vontade das nossas mulheres nas diversas manifestações culturais, como por exemplo, no Danço Congo. Outrora, era mais uma atividade dos homens, porque é muito intenso. Quando apareceu o Danço Congo feminino de Pantufo, fiquei muito entusiasmado”, disse o autor das fotografias. Pantufo é uma vila costeira do distrito de Água Grande, a 3 km da cidade capital.

Para o estudante Onésimo Costa esta exposição é importante, porque “chama a nossa atenção sobre as manifestações que ainda estão presentes na nossa cultura, embora sofrendo algumas influências. Isso precisava ser mais valorizado e deve permanecer para que as próximas gerações possam conhecer a nossa tradição original”.

“O papel da mulher é relevante. Pelo que está aqui exposto, não há nenhuma manifestação em que a mulher não esteja presente. Assim sendo, considero que a mulher é a principal responsável pela preservação das nossas tradições”, sublinhou.

Amaura Silva, estudante de Matemática, por sua vez, qualificou esta amostra de “grande valia, porque antigamente, a mulher não fazia parte de algumas manifestações, como na Tragédia de Marquês de Mântua ou Tchiloli. As personagens femininas eram assumidas por homens. No Danço Congo também. Hoje, já vemos que elas começaram a ser integradas e o envolvimento das crianças, nomeadamente meninas também é importante, neste intercâmbio entre gerações”.

A herança do período colonial começa a ser invertida. De facto, “a situação agudizou-se com o ‘Estado Novo’ com o slogan ‘Pátria, Família e Nação’. E o papel da mulher na sociedade diminuiu consideravelmente. Com isso, um número muito reduzido de famílias abastadas enviaram as filhas para fazer no estrangeiro cursos para ensino primário e enfermagem. No aspecto cultural, a participação era muito reduzida. É de salientar que nas atividades folclóricas apenas uma mulher, a Floripes, na peça Auto-Floripes desempenhava essa função”, lê-se no texto elaborado pela Direção da Cultura, relacionado com a exposição.

No quadro da V Quinzena da Cidadania centrada na “Cultura e Direitos Humanos”, os organizadores quiseram destacar a participação das mulheres nas manifestações culturais do arquipélago.

A exposição está patente no refeitório da Faculdade de Ciências e Tecnologias, um dos pólos da universidade pública.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

"Um novo tchiloli" - as mulheres no Tchiloli, por Dário Pequeno Paraíso



A exposição fotográfica “Um novo Tchiloli” retrata a história das raparigas da localidade de Cachoeira que decidiram interpretar o tchiloli numa versão totalmente feminina.

Segundo o artista DárioParaíso, “continuamos a ver os homens a fazerem as manifestações culturais inclusive os papéis das mulheres. Então na altura estava a fazer um trabalho sobre as manifestações culturais e descobri este grupo só de mulheres na Cachoeira”, explicou.

O Tchiloli é uma peça teatral inspirada nos textos medievais - Tragédia de Marquês de Mantua e do Imperador Carlos Magno escrito por Baltasar Dias no século XVI. No país existem cerca de 15 grupos e todos eles têm apenas homens a interpretar todos os papéis femininos. O grupo de Tchiloli de Cachoeira existe há cerca de cinco anos e vem lutando pela sua afirmação.



O artista avançou ainda que “elas fazem todos os papéis e isso visa mudar as coisas. São gerações novas a querer fazer diferente. Acompanhei todo o processo e o interessante é que toda a comunidade apoia, dá suporte e orgulha-se destas mulheres”, referiu Dário Paraíso.

O trabalho levou cerca de seis meses para estar pronto e cativou o público que se dirigiu ao Centro Cultural Português.

“O Dário tem um olhar muito inclusivo sobre a participação da mulher sobretudo no Tchiloli que é de certa forma curioso e interessante para os tempos actuais onde há uma necessidade muito grande de igualdade de género” disse Olavo Amado.

A embaixadora de Portugal em S. Tomé e Príncipe, Cristina Moniz, mostrou-se radiante com o que viu sobretudo com o papel e postura das jovens do Tchiloli. “Parece-me que são mulheres muito fortes em geral. Mesmo que estejamos a falar de um grupo que normalmente é mais vulnerável, aqui aparecem com uma grande imagem de força e postura. Acho curioso e o artista soube captar estas representações muitíssimo bem", frisou.

Além da exposição, foi exibido no CCP um documentário sobre o Thiloli feminino e as outras manifestações culturais do país; actividade enquadrada na 5.ª quinzena da cidadania que decorre no país até ao dia 26.

A exposição intitulada “Um novo Tchiloli” estará patente no CCP até a próxima sexta-feira.

Ainda durante a actividade exibiu-se também o documentário “ Novos caminhos- Mulheres , Cultura e Criatividade”. O momento serviu também para uma conversa aberta com o artista Dário Paraíso e a professora Sónia Carvalho.


Segunda edição do Índice de Percepção da Corrupção em S. Tomé e Príncipe apresentado na Quinzena da Cidadania


A segunda edição do Índice de Percepção sobre a Corrupção e Governação foi apresentado ao público na Universidade Pública de São Tomé e Príncipe no quadro da 5.ª Quinzena da Cidadania que decorre no país até a sexta-feira. Cerca de cem pessoas entre magistrados, procuradores, professores universitários e advogados foram inquiridas neste processo.

O Índice de Percepção da Corrupção refere que as pessoas acreditam que a corrupção cresceu “nos dois últimos anos devido à falta de autoridade do Estado, impunidade e clientelismo político, havendo a perceção de descrédito e de que as instituições judiciárias operam em prol ou em favorecimento da classe alta”, lê-se no documento.

São Tomé e Príncipe é dos poucos países que subescreveu quase todos os pactos internacionais a nível do combate a corrupção, mas o grande problema é o “funcionamento das instituições e a aplicação dessas leis. As pessoas inquiridas entendem que a corrupção aumentou muito e que nada é feito aos corruptos”, explicou Ernesto Nhanale, coordenador da edição.

Ernesto Nhanale avançou ainda que há um entendimento “de que as instituições do setor judiciário não dão seguimento às denúncias ou indícios de ilícitos criminais”. O país tem legislação suficiente em matéria de criminalização, mas faltam condições para a investigação de crimes ligados a corrupção.

“São crimes que envolvem métodos e técnicas cuja forma de investigação nós ainda não temos. Por exemplo, escutas, buscas e apreensões de documentos, contas bancárias, transacções financeiras que envolvem, muitas vezes, países terceiros. Tem que haver meios e recursos”, disse Vera Cravid, Procuradora-geral Adjunta do Ministério Público e representante da Associação São-tomense das mulheres juristas

A magistrada avançou ainda que o combate à corrupção no país exige a“ mudança de mentalidade. Pois a forma de ser dos são-tomenses nos prejudica não só na matéria de corrupção mas também nas questões de educação. É preciso uma estratégia. A falta de lei de protecção a testemunha é outro entrave que nós temos, porque estamos num país em que todos se conhecem. Alguma coisa está a ser feita mas ainda nos falta muito”, disse.



O índice recomenda a necessidade de investir no departamento de investigação e acção penal do ministério público, com recursos financeiros, humanos e tecnológicos especializados, para que a intervenção seja mais eficaz.

“ Recomendamos também o acesso as leis de informação, implementação de quadro legal, mudança da cultura, porque o governante deve perceber que dar acesso a informação não é só uma questão de transparência é contribuir também para o empoderamento das pessoas e reforça as nossas responsabilidades. Tudo isto estimula o desenvolvimento e o bem estar”, concluiu Ernesto Nhanale.

Recomenda ainda o estudo o “apoio as organizações da sociedade civil a nível técnico e financeiro, para permitir reforçar a sua capacidade de intervenção no domínio da luta contra a corrupção e na promoção da transparência na gestão de bens públicos”.

A apresentação do índice ao público contou com a ausência de decisores e pessoas ligadas a instituições de direito que pudessem elucidar melhor a plateia sobre as políticas, medidas e o que está a ser feito de concreto para a credibilização da justiça e travar a corrupção.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Apresentados projectos co-financiados pela União Europeia em S. Tomé e Príncipe



Os três projectos, nomeadamente “Melhor Governação, Mais Direitos, Mais Cidadania, “Plataforma de OSC para Gestão Delegada” e o “Fortalecimento das OSC de mulheres em São Tomé e Príncipe", obtiveram o co-financiamento da União Europeia no âmbito da linha de reforço das organizações da Sociedade.

Os três projectos cujo financiamento é de 300 mil euros cada, destacam áreas como Direitos Humanos, a boa governação, empoderamento, o reforço das capacidades das mulheres e o turismo responsável.

“O objectivo é financiar e reforçar as Organizações da Sociedade Civil- OSC nos processos de participação, debate público, governação local, controlo democrático e fortalecer as capacidades de intervenção destas organizações”, explicou Sónia Churra, representante da União Europeia no Gabão e São Tomé e Príncipe.

O projecto “Melhor Governação, Mais Direitos, Mais Cidadania desenvolvido pela ACEP , FONG-STP, a Associação dos Jornalistas Santomenses e a Associação Santomense de Mulheres Juristas tem a duração de três anos e visa a implementação de acções no âmbito da “monitoria de governação, criação de base para um possível observatório na área dos Direitos Humanos com antenas em vários locais do país. Actividades de comunicação, influencia política e capacitação sobretudos dos jornalistas também fazem parte do pacote”, avançou a coordenadora do projecto, Rita Cavaco. Segundo esta responsável em torno deste projecto serão realizadas três Quinzenas da Cidadania. 


quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Debate sobre “Cultura e Direitos Humanos”



“Cultura e Direitos Humanos” foi o tema central da 5.ª Quinzena da Cidadania e esteve em debate durante a conferência de abertura desta edição.

O escritor angolano Ondjaki, que não pôde estar presente, fez a sua intervenção via online, retratando a história de um viajante numa jangada no rio. O escritor e poeta falou sobre a importância dos governantes fazerem um bom diagnóstico: “Um mau diagnóstico atrapalha a governação. Os governos devem dignosticar os problemas, as sociedades, as necessidades das pessoas antes de partirem para as políticas públicas. É importante também trabalhar nos Direitos Humanos numa vertente do direito à educação e à cultura para que haja um ajuste mais perfeito. As pessoas são factores essenciais para a mudança”, disse.

Na sua intervenção a produtora e realizadora santomense Katya Aragão falou da importância dos filmes, das peças teatrais e os livros para a edificação da justiça e dos Direitos Humanos. “Eu acredito que valorizarmos a cultura é o ponto de partida para tudo. E a cultura inclui a língua, música, etc, e acho muito importante nós recuperamos aquele orgulho nacional que se sentiu quando se alcançou a independência”, frisou

A cineasta acredita que se “nos focarmos mais no país como nossa família, abandonar a cultura do “safar” que se tornou normal e apostarmos em quem podemos ser e através das artes e cultura podemos criar empregos e levar o nosso país além fronteiras. Educar é o que nós mais precisamos”concluiu Katya Aragão.



A jurista e activista social Domitilia Trovoada referiu na sua abordagem que é preciso termos no país “uma sociedade civil cada vez mais forte para termos um país mais livre, justo e igualitário”, disse. Para Domitilia Trovoada não obstante existir várias políticas para o processo de participação das mulheres, a nível da cultura ainda constatamos a debilidade da mulher são-tomense. Existe pouca “participação das mulheres nas manifestações culturais e por razões de subordinação as coisas continuam assim. Por isso é necessário quebrar o paradigma e evoluirmos para que haja mais participação das mulheres pois tudo isso faz parte da cidadania”, avançou a jurista.

Por seu lado, a investigadora na área de estudos culturais nos países de língua portuguesa Livia Apa falou da urgência de se criar uma cultura “vocacionada para os Direitos Humanos. Pois não é possível haver cultura sem direitos dos direitos. Cultura pode ser um indivíduo ou uma comunidade. Cultura é património e é uma característica única de cada lugar”, explicou.

Durante a sessão aberta sobre a “ Cultura e Direitos Humanos” vários contributos foram dados, todos eles enfatizando a necessidade de se fazer mais pela cultura e de se educar as crianças para a mudança da mentalidade.


“É preciso a construção do direito à cultura”, defende a presidente da ACEP na conferência inaugural da Quinzena



Na abertura da conferência da 5.ª Quinzena da Cidadania que decorre em São Tomé e Príncipe, no seu discurso a presidente da Associação para a Cooperação entre os Povos, Fátima Proença defendeu a necessidade de se construir direito à cultura no país.

“É algo que não é evidente que esteja garantido aqui há mais de 40 anos após a independência. Como nós aprendemos o papel da cultura, aprendemos também a importância dela como um acto de libertação e é isso que queremos que continue a acontecer”, disse Fátima Proença

A responsável da ACEP destacou ainda que é preciso construir uma cultura de direitos que “passa por escolas, passa pela sociedade civil, passa pela família e instituições diversas, mas que é uma construção conjunta de uma cultura de direitos e que nos parece ainda bastante limitada em São Tomé “, frisou Fátima Pronça.  

A realização desta conferência sobre Cultura e Direitos Humanos para a Federação das Organizações não Governamentais FONG-STP constituiu um passo para se remover ” obstáculos a convivência democrática. O país ainda enfrenta problemas de corrupção, impunidade, violência de género. A sociedade civil e cidadãos em geral podem contribuir para a mudança e para que políticas culturais sejam implementadas da melhor maneira possível por via da nossa participação” , avançou Cristiano Costa presidente desta organização.

Para a assessora de Cooperação do Centro Português de Cooperação, Celeste Sebastião, esta actividade é um fórum para a discussão de uma temática que é crucial para todos, salientando o papel que a “ cultura e as artes têm no despertar das consciências, na construção da realidade, contribuindo para o diálogo e debate social e para uma participação e cidadania activa. Os direitos humanos, um tema transversal, actual, pertinente, crucial na consolidação dos sistemas democráticos assentes na participação activa e inclusiva da sociedade civil e na criação de políticas eficazes que tenham em conta as necessidades dos cidadãos “, referiu Celeste Sebastião.



Esta 5.ª Quinzena representa ainda uma história de “compromisso há longo prazo”, destacou a presidente da ACEP , uma vez que nos últimos anos os domínios de “intervenção da FONG-STP têm vindo a alargar-se. Domínios que têm a ver com monitoria de políticas, direitos e a conquista de espaço de participação cívica e política das organizações da sociedade civil”, acrescentou Fátima Proença.

“Este evento representa o compromisso colectivo com valores fundamentais que transcendem fronteiras e une as sociedades. A cultura e sua riqueza, diversidade é um reflexo da alma de uma nação. Ao exploramos o tema Cultura e Direitos Humanos, reconhecemos a importância de promover uma sociedade onde a expressão artística floresce e os direitos de cada indivíduos são respeitados”, sublinhou Sónia Churra adida de cooperação da União Europeia no Gabão para São Tomé e Príncipe.

No quadro do programa desta 5ª Quinzena da Cidadania sob o lema “ Cultura e Direitos Humanos” está previsto a apresentação do 2.º índice de Corrupção e Governação em STP, inauguração de exposição sobre a participação das mulheres nas manifestações culturais e mulheres no Tchiloli.

Recorde-se que a 5ª Quinzena da Cidadania é organizada pela FONG STP, a Associação para a Cooperação Entre os Povos, a Associação dos Jornalistas Santomenses e a Associação Santomense de Mulheres Juristas. O evento que decorre de 15 a 26 deste mês tem como lema” Cultura e Direitos Humanos”.

A 5ª Quinzena da Cidadania é organizada no quadro dos projectos “Melhor Governação, Mais Direitos, Mais Cidadania” e “Observatório das Políticas e da Governação de São Tomé e Príncipe” e conta com o apoio da União Europeia e da Cooperação Portuguesa.  

Consulte o programa completo




terça-feira, 16 de janeiro de 2024

5.ª Quinzena da Cidadania leva Feira do Livro a São Tomé



No quadro da 5.ª Quinzena da Cidadania, que decorre em São Tomé e Príncipe, está patente no Centro Cultural Português, uma feira de livros, onde se pode encontrar obras de diversos autores, tanto da literatura internacional, como de ciências sociais e livros de literatura infanto-juvenil. Os amantes da literatura africana poderão também deliciar-se com obras de escritores são-tomenses como São Lima, Francisco Costa Alegre ou Pedro Carvalho, bem como livros de Ondjaki, Mia Couto e José Eduardo Agualusa.

A feira do livro que estará patente durante 15 dias no Centro Cultural Português tem como propósito contribuir para a promoção da leitura no país.

Rita Cavaco, em representação da Associação para a Cooperação Entre os Povos, avançou que a feira tem uma oferta diversificada e foram livros “muito seleccionados, uma escolha que nós achamos que é muito rica. Temos mais do que um exemplar de cada livro e penso que os livros serão suficientes. São temáticas relevantes para o desenvolvimento do país e trouxemos também o que foi permitido dentro do orçamento existente. Os preços são os mais baixos que conseguimos, para que sejam mais acessíveis a todos”, disse Rita Cavaco.



O presidente da Federação das Organizações Não Governamentais-Fong STP é de opinião de que a feira é um palco privilegiado para cultivar espírito de leitura na cidadania e que os “livros de autores nacionais estão bem destacados na feira, o que é uma mais-valia. Temos ofertas variadas e encontra-se de tudo um pouco. O importante é adquirir um livro e a preço acessível”, frisou Cristiano Costa.

Para aqueles que se deslocaram ao Centro Cultural Português, o certame apresenta “uma bela escolha de livros. Livros para família mas também para quem gosta de ensaios. É uma iniciativa importante tendo em conta as dificuldades existentes para se pôr os livros a circular no espaço da língua portuguesa”, disse Livia Apa.



“Acho importante e é uma forma de habilitarmos em termos de conhecimento. E o importante é que há livros diversos”, disse Daniel Ramos. David Dias, um dos amantes da literatura, ficou encantado com a “ riqueza das obras patentes. Feira de livro é algo que quase não se faz no país, portanto é uma boa oportunidade. Além disso, tomei contacto com obras de escritores espectaculares como Mia Couto, Ondjaki, a feira está fabulosa. Eu espero que essa iniciativa possa repetir mais vezes”.

“Vi livros na área que fiz mestrado – estudos sobre mulheres. E para mim é bom recordar essas mulheres que contribuíram para a maior participação da mulher na vida política, social e económica. Penso que temos de criar grupos de reflexão e hábitos de leitura. Não gostamos de ler, o nosso dinheiro deve ser investido também no nosso conhecimento”, disse Domitilia Trovoada.

Ainda no quadro das actividades desta 5.ª Quinzena da Cidadania está previsto para esta quarta-feira a Conferência sobre a Cultura e Direitos Humanos.

De realçar que a 5.ª Quinzena da Cidadania é organizada pela FONG STP, a Associação para a Cooperação Entre os Povos, a Associação dos Jornalistas Santomenses e a Associação Santomense de Mulheres Juristas.

O evento que decorre de 15 a 26 deste mês tem como lema” Cultura e Direitos Humanos”. A iniciativa é organizada no quadro dos projectos “Melhor Governação, Mais Direitos, Mais Cidadania” e “Observatório das Políticas e da Governação de São Tomé e Príncipe” e conta com o apoio da União Europeia e da Cooperação Portuguesa.


segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Performance de dança e actuação de Orquestra Social Rizoma na CACAU


A Casa das Artes Criação Ambiente e Utopias foi palco na noite de segunda-feira (15) de música, dança e diversão. No quadro da 5.ª Quinzena da Cidadania que decorre no país, foi realizada um espectáculo musical da Orquestra Social Rizoma. Os meninos, adolescentes e jovens encantaram a plateia ao ritmo das batidas e toques das músicas tradicionais são-tomenses, muitas delas já esquecidas.

A noite fechou com a performance de dança da Academia de Artes “O Jardim dos Esquecidos”, na qual foi apresentada uma dança retratando a importância de “olharmos mais a nossa volta, de ajudar os outros e ter empatia”. A performance fez menção também à atenção que os pais devem dar aos filhos, a desvalorização do dinheiro, da luta pelo poder, das desigualdades sociais.



Os participantes aplaudiram a iniciativa e fizeram o apleo para que acções de género sejam realizadas mais vezes. “Nunca tinha visto uma coisa assim. Gostei bastante. No país não temos sempre actividades desta natureza e acho que deveriam fazer mais vezes. Quem organizou está de parabéns”, disse Jeremias Santiago.

Para Adelino Pereira a performance dos meninos foi “ incrível, muito boa. É o resultado de muito trabalho e precisamos disto. É uma forma das crianças expressaram todo o seu talento, energia e ocuparem o tempo livre com coisas boas. A iniciativa é louvável”.

Cristina Pete uma das mães presentes no espectáculo, ficou encantada com a actuação da sua filha: “Gostei imenso. Eles estão todos de parabéns e adorei ver a minha filha, ela estava fantástica. Espero que o país cresça ao nível da arte e de espectáculo, porque bem merecem. Sem dúvida que deveriam repetir esta actuação para que mais pessoas possam ver”.

Foi um momento “de partilha entre crianças, jovens e adultos. A quinzena é uma actividade que a FONG-STP vem realizando há cinco anos e vamos continuar. O objectivo é criar espaços para diálogo, para que todos participem”, explicou Eduardo Elba em representação da FONG-STP.



A Orquestra Social Rizoma surgiu com o objectivo de promover a cultura e pela primeira vez o país tem “uma orquestra social. Mais do que oportunidade, é um desafio para estas crianças. Esta é a idade certa para fazê-los agarrar a nossa cultura. Pegamos nas músicas tradicionais e damos outra roupagem, não ficamos presos aos ritmos do passado”, disse Cismar Carvalho, maestro da Orquestra Social Rizoma.

Jorge Manuel director artístico da Academia de Artes “O Jardim dos Esquecidos” sublinhou na altura que a intenção da academia é “ contribuir qualitativamente para o progresso e crescimento do mercado artístico cénico de São Tomé e Príncipe. Eu acredito que o país tem o potencial necessário, tem crianças e jovens com talentos que podem crescer no mundo das artes para que no futuro STP possa estar representado além fronteiras. Tendo em conta a falta de recursos que temos no país, temos atingido o nível que chegamos com as criaanças para mim é muito bom”, concluiu.

O primeiro ponto alto desta quinzena será já esta quarta-feira, com a conferência de abertura da Quinzena sobre a Cultura e Direitos Humanos, no Centro Cultural Português a partir das 10h.

Recorde-se que a 5.ª Quinzena da Cidadania é organizada pela FONG STP, a Associação para a Cooperação Entre os Povos, a Associação dos Jornalistas Santomenses e a Associação Santomense de Mulheres Juristas. O evento que decorre de 15 a 26 deste mês tem como lema” Cultura e Direitos Humanos”.

A iniciativa é organizada no quadro dos projectos “Melhor Governação, Mais Direitos, Mais Cidadania” e “Observatório das Políticas e da Governação de São Tomé e Príncipe” e conta com o apoio da União Europeia e da Cooperação Portuguesa.


5.ª Quinzena da Cidadania arranca em S. Tomé e Príncipe



Arrancou hoje (15) com uma conferência de imprensa entre os parceiros, a 5.ª Quinzena da Cidadania organizada pela FONG STP, a Associação para a Cooperação Entre os Povos, a Associação dos Jornalistas Santomenses e a Associação Santomense de Mulheres Juristas. O evento que decorre de 15 a 26 deste mês tem como lema” Cultura e Direitos Humanos”.

A Quinzena da Cidadania é um evento que procura contribuir para o reforço da participação das crianças, jovens e adultos na vida democrática em São Tomé e Príncipe.

“As actividades estão descentralizadas e iremos levar um pouco pelo país as iniciativas que programamos para estes dias. As crianças, adultos e jovens podem participar connosco”, sublinha o secretário permanente da FONG-STP, Eduardo Elba. Quando questionado sobre o momento actual, após os acontecimentos de 25 de Novembro de 2022, o responsável da FONG-STP respondeu que “a sociedade civil tem feito o seu papel e intervém sempre que possível. Depois de 25 de Novembro 2022 gerou-se uma cultura de medo no país. Estamos num contexto difícil e esta quinzena é uma forma de se debater e procurar ultrapassar. Qual é o papel que os jornalistas têm jogado neste processo? Todos temos receio pela nossa vida e, por isso, temos que trabalhar com cautela”.



O papel dos jornalistas nas questões relativas aos direitos humanos tem deixado “muito a desejar. Estamos a viver o rescaldo do caso de 25 de Novembro que o partido no poder está a procurar branquear a nódoa que manchou o nosso país. Ainda em 2018, também com este partido no poder, foi assassinado um economista, Jorge Santos, e este crime ainda continua por esclarecer. Por isso nós temos que trabalhar mais”, disse Juvenal Rodrigues, o presidente da Associação dos Jornalistas Santomenses.

Para este responsável, é necessário que os profissionais da comunicação social reflictam “sobre questões que se prendem com o acesso ao emprego, água, meninos na rua e questionem mais. Há muita coisa para se falar e debater, mas é preciso criar espaços, de modo que consigamos mobilizar os cidadãos e mudar esta sociedade”, concluiu Juvenal Rodrigues.

A ponto focal da Associação são-tomense das Mulheres Juristas, Domitilia Trovoada, outra parceira nesta actividade, avançou no seu discurso que vários workhops serão realizados, com foco no “ABC dos direitos humanos para que os jovens nas escolas possam saber o que é direito humano, como devem interagir, ou seja, desde muito cedo aprenderem como lidar com situações futuras na sua própria vida”, frisou.



Fátima Proença, da Associação para a Cooperação Entre os Povos, voltou a destacar o papel fundamental que os jornalistas e a comunicação social têm nesta Quinzena da Cidadania: “a importância da comunicação social na promoção dos direitos humanos e dos direitos culturais é complementar ao papel da escola, da família, das políticas públicas. (…) Gostava, em nome da ACEP, de agradecer aos parceiros que continuam a confiar em nós para prosseguir nesta caminhada de muito sobressalto. E o facto de estarmos na 5.ª Quinzena da Cidadania é um sinal de mudança, de evolução positiva e de afirmação da sociedade civil são-tomense”, disse Fátima Proença.

A responsável da ACEP destacou ainda a cooperação que tem existido entre os parceiros envolvidos nesta quinzena e a acção fundamental da Federação das Organizações Não Governamentais na criação desta “autoconfiança da sociedade civil. Não estamos onde gostaríamos, mas avançamos. Gostava de chamar a vossa atenção para a importância da Feira do Livro, uma forma de se adquirir livros a baixo custo; para a conferência que é outro momento importante e teremos o contributo de outros países sobre como os direitos humanos muitas vezes são influenciados pela cultura, bem como para a apresentação do 2.º índice de percepção sobre a corrupção em S. Tomé e Príncipe”, referiu Fátima Proença.

Esta 5.ª Quinzena integra ainda um workshop sobre teatro com adolescentes e jovens, debate televisivo sobre jornalismo e direitos humanos, conversas em torno dos direitos humanos e cultura, performance de dança da Academia das Artes e da Orquestra Social Rizoma.

Está igualmente programada a exibição de documentários, exposições fotográficas sobre a participação das mulheres nas manifestações culturais em São Tomé e Príncipe, e nomeadamente das mulheres no Tchiloli.

As actividades serão realizadas na capital e nos distritos de Lembá, Lobata, Mé-Zochi e Caué com o envolvimento de associações e autarquias.

A iniciativa é organizada no quadro dos projectos “Melhor Governação, Mais Direitos, Mais Cidadania” e “Observatório das Políticas e da Governação de São Tomé e Príncipe” e conta com o apoio da União Europeia e da Cooperação Portuguesa.

Consulte o programa completo