segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Sociedade Civil debate “Cooperação e Desenvolvimento

 

Sociedade Civil debate “Cooperação e Desenvolvimento” na 7ª Quinzena da Cidadania

“ Não somos capazes de fazer nada fora da cooperação”, palavras de António Aguiar, empreendedor e um dos oradores do diálogo sobre a Cooperação e Desenvolvimento realizado no quadro da 7.ª Quinzena da Cidadania.

António Aguiar avançou ainda que em 50 anos da independência mais de metade do Orçamento Geral do Estado continua a ser assegurado pelos parceiros internacionais e  há necessidade “ de reforçarmos as nossas instituições e de definirmos estratégias e objetivos comuns partilhados por todos.  O governo devia cooperar de forma mais estreita com o setor privado, se quer desenvolver o país. Temos que promover o setor privado, porque é o setor privado que tem capacidade de gerar riqueza”, afirmou.

Joaquim Rafael Branco, antigo primeiro-ministro e outro orador sublinhou que o Estado não “ está a funcionar, os órgãos estão zero. Não há liderança com visão e isso faz com que a sociedade esteja desanimada. O país como não tem capacidade de coordenação nem de administração, os doadores procuram sempre criar ilhas de excelência dentro de cada ministério. Temos de olhar a cooperação com os olhos de ver, porque ela é apresentada muitas vezes como uma acção de caridade, mas é um instrumento subtil”, explicou.


Os participantes no diálogo conduzido pela Paula Medina, representante da União Europeia, lamentaram o estado em que o país se encontra e tocaram também na vertente da corrupção.

“A corrupção pode também comprometer os efeitos positivos da cooperação”, disse Milú Aguiar

 Não será porque não temos um plano estratégico de desenvolvimento para o país, ou seja, uma meta definida. O problema pode estar aí”, avançou Kádyma Costa, uma das intervenientes.

A 7ª Quinzena da Cidadania, é uma iniciativa da Federação das Organizações Não Governamentais de São Tomé e Príncipe- FONG-STP, da Associação para a Cooperação entre os Povos-ACEP, da Associação santomense das Mulheres Juristas-ASMJ e a Associação dos Jornalistas Santomense-AJS e visa reforçar a participação cívica e  promover o diálogo.

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