sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Sociedade Civil de Príncipe capacitada em Advocacia Ambiental

Cerca de 15 pessoas, entre membros da sociedade civil organizada e de instituições que tutelam ambiente, foram capacitadas em técnicas de advocacia ambiental, no passado 30 de Outubro, no Centro Cultural de Príncipe.

Trata-se de uma iniciativa conjunta FONG/OIKOS que surge para reforçar os conhecimentos da sociedade em advocacia ambiental, numa altura em que a sociedade civil organizada já teve algumas conquistas na protecção do meio ambiente, como o trabalho feito pela ONG MARAPA (Mar, Ambiente e Pesca Artesanal), o PNOP (Parque Natural Obô do Príncipe) e o Programa SADA (Programa de protecção das tartarugas marinhas da Universidade do Algarve, entre 2008 e 2012 no Príncipe), para a obtenção e subsequente implementação duma legislação que protege as tartarugas marinhas em São Tomé e no Príncipe. O caso “Agripalma” é outra conquista da sociedade civil organizada e de cidadãos comuns em defesa do meio ambiente.

Para Bastien Loloun, Coordenador Nacional da ONG OIKOS e formador, o seminário serviu para “ilustrar diferentes técnicas e metodologia de advocacia ambiental, com casos emblemáticos como a ONG Sea Shepherd e a sua operação Slippid Grindini nas ilhas Faroé, e mais próximo de nós a sua operação Icefish, que chegou até São Tomé nos últimos meses”.

Sobre o balanço da formação, Loloun afirma que “embora sobrevoando certas questões relacionadas com o tema, e não tendo tido o tempo suficiente para realizar um diagnóstico das necessidades de advocacia ambiental no Príncipe com os participantes como previsto inicialmente, o balanço feito é positivo em termos de mobilização, interesse e participação dos presentes”, conluiu.

Daniel Ramos, Presidente da ONG ARPA – Associação Regional para Protecção Ambiental, acredita que “esta formação vem contribuir para aquilo que é nosso objectivo. Nas nossas acções, precisamos de determinadas ferramentas que não temos. Este seminário veio trazer mais alguns instrumentos que nos vai ajudar a fazer o nosso trabalho, nomeadamente em advocacia ambiental. Saímos daqui mais bem preparados e vamos certamente tirar proveito disso”.

Para que a advocacia ambiental tenha efeito desejado, o formador recomenda que as organizações façam um bom uso da comunicação social, analisar muito bem os riscos e estabelecer uma boa margem de negociação com entidades e organizações alvos desse trabalho.

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