terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Estudo sobre as condições de monitoria da governação jurídica e política em São Tomé e Príncipe apresentado aos jornalistas

Da esquerda para a direita: Kotia Menezes, uma das autoras do estudo, Juvenal Rodrigues, Pres. da
Ass.de Jornalistas Santomenses, Domitilia Trovoada, Pres. da Ass. Santomense de Mulheres Juristas

Na recta final da segunda Quinzena da Cidadania, a Biblioteca Nacional foi palco de um atelier sobre “ as condições da Monitoria da Governação Jurídica e Política em São Tomé e Príncipe”. A sessão que contou com uma fraca participação dos jornalistas foi dominada por uma forte plateia dos estudantes da comunicação da Universidade de São Tomé e Príncipe.

“Não poderíamos deixar de realizar esta actividade porque achamos muito importante e pertinente que os jornalistas e vocês estudantes tenham conhecimento sobre esta temática”, disse Domitilia Trovoada, Presidente da Associação Santomense de Mulheres Juristas.

“O trabalho dos profissionais da comunicação Social e já agora tendo em conta que temos uma turma de estudantes, é importante perceber o quão diverso é a nossa actividade e o nível de responsabilidade que temos na divulgação ao nosso público. Este trabalho de investigação nos ajuda a ter pistas para outras actividades como documentários, reportagens que possam contribuir para elucidar a opinião pública sobre a nossa governação em termos de controlo. O papel dos profissionais da comunicação social acima de tudo é controlar em certa medida a acção governativa. Somos mediadores no sentido que levados informações entre os decisores e governantes. Gostaria de pedir a compreensão e atenção a vocês estudantes sobretudo para que absorvam o máximo possível. Esta parceria suponho que é bastante positiva e não deve ficar restrita somente a Quinzena da Cidadania. É uma parceria que deve ter um seguimento mais informal e havendo este intercâmbio, nós os profissionais da comunicação social poderemos entrar em contacto com a associação das mulheres juristas mais vezes para saber o que têm feito e como podemos divulgar as acções deste grupo de mulheres em prol de uma sociedade melhor, “referiu Juvenal Rodrigues, presidente da Associação dos Jornalistas São-tomenses


O estudo elaborado pela Associação São-tomense de Mulheres Juristas, no quadro do projecto Sociedade Civil pela Transparência e Integridade, uma parceria da FONG e ACEP, foi apresentado pela jurista Kotia Menezes que mostrou aos participantes a necessidade de haver maior participação cívica.

“Trata-se de um estudo que veio fazer o levantamento do papel da Sociedade Civil na questão da Monitoria das Políticas Públicas. Também definimos os poderes que o nosso Estado tem. O estudo é importante porque trás para a sociedade civil aquilo que eles devem fazer ao nível da Monitoria da Governação. Quais são as fases, quais são os processos.., enfim. Dá todo mecanismo necessário para que os cidadãos procedam a esta monitoria. Isto, um cidadão atento, informado pode contribuir melhor para a sociedade em que está, para aquilo que nós chamamos de Estado de Direito Democrático que é a participação activa do cidadão na política pública do país”, referiu.

Kotia Menezes sublinhou também que a sociedade civil deve ser “mais activa, saber de que forma ela está a trabalhar para que todas as reivindicações feitas sejam elas sanadas ao nível das políticas públicas que devem ser implementadas para o bem da colectividade.

Os participantes aplaudiram a iniciativa e garantiram que saíram do encontro mais esclarecidos sobre a matéria.
“O atelier vem dar pistas de como controlar, fiscalizar, monitorizar as acções por parte dos governantes. E neste encontro precisamente serviu para abrir o horizonte, saber os canais e como processar estas informações”
“O estudo vem chamar a atenção para estarmos atentos e informados sobre todas as demandas que ronda a sociedade civil”

“O atelier é de extrema importância para a sociedade civil, na medida em que nos dá passos e os processos da governação do nosso país, saber como é que isso está. Para isso, temos que ser cidadãos activos, informados para termos vozes, para falarmos. Eu gostei de participar. Tanto eu como os meus colegas de curso gostamos deste atelier. E como aluno da Comunicação Social, espero que isso sirva de um exercício para minha carreira estudantil”.

No atelier estiveram presentes jornalistas, membros da sociedade civil organizada, estudantes universitários, entre outros.

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