A publicação "Direitos das Crianças em São Tomé e
Príncipe" foi apresentada na capital santomense, na passada sexta-feira, 01 de
Abril, pelas 15h30, no Centro Cultural Português. Trata-se de um instrumento de
advocacia e de influência política com vista a melhorar o ambiente da situação das
crianças no país.
Da esquerda para direita: Olívio Diogo, co-autor do estudo, Lisandra Graça, Dir. da Protecção Social, Paula Silva, Emb. de Portugal e Eduardo Elba, co-autor do estudo |
O evento contou com a presença do Coordenador
Residente das Agências das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe, a Embaixadora de
Portugal, representantes de diferentes Ministérios e do Ministério Público,
representante da Polícia Nacional e muitas organizações da sociedade civil que
actuam no domínio da infância no país.
Da análise feita às iniciativas legislativas e
políticas públicas promovidas pelo Estado de São Tomé e Príncipe com vista ao
cumprimento da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, o estudo
concluiu que, no que toca às medidas gerais de implementação, o Estado deu
alguns passos no sentido de incorporar os princípios da Convenção na ordem
jurídica interna, através da adopção e reforma de diversas leis. Ainda assim,
importa sublinhar que há um pacote de cinco propostas de lei, que visa reforçar
a protecção das crianças que se encontra ao nível do Governo e que requer atenção com alguma urgência, no sentido de serem introduzidas na Assembleia
Nacional, para efeitos de discussão e aprovação.
Alda Bandeira, co-autora do estudo |
Alda Bandeira vai mais longe e afirma que as Salas
de Aconselhamento criadas ao nível das escolas servem apenas para distribuir
preservativos. “Não há programas onde se
façam apelos ou se criem incentivos para a mudança de atitude e comportamento nos
jovens. E mesmo ao nível da nossa televisão, vê-se nos programas passagem de
modelos que acaba por ser exibição do físico e do corpo. Não há promoção de actividades
que desenvolvam o intelecto e a auto-estima, e que abram o horizonte em termos
de perspectivas. E os jovens ficaram reduzidos ao que existe”, concluiu
indignada.
Este estudo surge no quadro do projecto Sociedade Civil pelo Desenvolvimento, executado pela Federação das ONG em São Tomé e Príncipe em parceria com a Associação para a Cooperação Entre os Povos, com o apoio financeiro da União Europeia e da Cooperação Portuguesa, e teve como autores Olívio Diogo, Eduardo Elba e Alda Bandeira. A edição desta publicação contou ainda com o apoio da CPLP.
Este estudo surge no quadro do projecto Sociedade Civil pelo Desenvolvimento, executado pela Federação das ONG em São Tomé e Príncipe em parceria com a Associação para a Cooperação Entre os Povos, com o apoio financeiro da União Europeia e da Cooperação Portuguesa, e teve como autores Olívio Diogo, Eduardo Elba e Alda Bandeira. A edição desta publicação contou ainda com o apoio da CPLP.
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