sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Balanço da 6ª Quinzena da Cidadania

"Sociedade Civil São-tomense precisa ser mais activa"

Declaração da vice-presidente da Federação das Organizações Não Governamentais FONG-STP no balanço da 6ª Quinzena da Cidadania que esta quinta-feira chegou ao fim.
Arminda de Jesus no seu balanço avançou que apesar de todos os temas terem sido escolhidos pela sociedade civil, houve uma fraca adesão da população e das organizações da sociedade civil nas actividades.
“Infelizmente não houve participação activa da sociedade civil. Isso é mau. O envolvimento das associações já não é o mesmo como anteriormente”, lamentou Arminda Bom Jesus
A vice-presidente da Federação das Organizações Não Governamentais disse ainda que é preciso fazer uma reflexão sobre o assunto.
“Não é só quando os membros querem os documentos da FONG-STP para participarem numa candidatura é que vão bater a porta da FONG. As organizações estão lá, têm um propósito e devem participar mais. A FONG-STP está restrita a 5,6 organizações que participam em quase tudo”, referiu

Uma situação que segundo Arminda Bom Jesus terá que ser resolvida brevemente.
“Estamos a pensar fazer um retiro em meados do próximo ano para discutirmos abertamente com os membros. Para cada um expor o que está mal na FONG-STP, exprimir os seus problemas, para tentarmos melhorar e avançar. Mas para isso, estamos a correr atrás de um financiamento para nos permitir ficar pelo menos dois dias em retiro sem interrupções. A sociedade Civil são-tomense já estava mais activa , então temos que mudar este cenário”, concluiu Arminda Bom Jesus
Recorde-se que a 6ª Quinzena da Cidadania decorreu de 15 a 28 deste mês sob o lema “Vida Digna e Participação”. Diversas actividades foram realizadas com destaque para apresentação de relatório sobre a situação dos direitos humanos no país, Workshop sobre assédio, exibição de documentários, torneio de futsal entre crianças vulneráveis e feira de livros.
A 6a Quinzena da Cidadania foi uma iniciativa da FONG STP, da Associação para a Cooperação Entre os Povos, da Associação dos Jornalistas Santomenses e da Associação Santomense de Mulheres Juristas, à qual se associaram outras organizações da sociedade civil e contou com apoio da União Europeia e da Cooperação Portuguesa.






sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Documentário : " Entre dois mundos"

 



“ Entre dois Mundos”: Histórias de emigração de São Tomé e Príncipe a Portugal

No quadro da 6ª Quinzena da Cidadania que decorre no país, o Centro Cultural Português foi palco esta tarde da exibição do documentário intitulado” “ Entre dois Mundos”: Histórias de emigração de São Tomé e Príncipe a Portugal de autoria de Dário Paraíso e Katya Aragão.
“Procuramos essencialmente entrevistar pessoas que estão em Portugal há menos de três anos e mostrar de facto um pouco da realidade. Temos o sonho de sair da ilha e ir experimentar outro lado mas muitas vezes não sabemos o que nos espera do outro lado da ilha”, explicou Katya Aragão
Já Dário Paraíso alertou para a forma como essa emigração tem sido feita.
“É muito triste, muito preocupante, porque emigrar-se sem saber as condições, para muitas vezes ir viver uma situação mais precária em Portugal acaba por afectar muitas anoances da nossa sociedade. Há muita gente que não tem noção e faz isso sem avisar ninguém”.
Depois da exibição do documentário houve um debate exaustivo a volta do tema, apesar da plateia não ter estado muito cheia, dado a relevância do tema.

A ex directora do INPG, Ernestina Menezes falou da questão emigratória numa perspectiva de género. Menezes referiu ainda que é preciso lutar “ diariamente, porque todos os países têm dificuldades. Mas é preciso deixar as pessoas irem ver o outro lado e ao mesmo tempo cuidar do nível de frustração que existe principalmente nos jovens. É preciso dar escolha aos jovens”, referiu.
Os que assistiram o documentário gostaram do que viram. A vice-presidente da FONG-STP, Arminda Bom Jesus, lamentou o facto de não ter havido muita aderência sobretudo dos jovens nesta actividade para depois centrar-se do documentário.

“ Fizemos bastante propaganda deste evento. Um tema tão rico, onde estão os jovens e mesmo a sociedade civil? Nós quando encomendamos esse trabalho, queríamos ter um número mais elevado de testemunhos, gostaríamos que fossem mais ao fundo da questão. Entrevistaram 9 pessoas, ficou um pouco aquém, mas de maneira geral gostei. Desafio a equipa a fazer um trabalho mais alargado no futuro”, concluiu Arminda Bom Jesus.
De salientar que as actividades da 6ª Quinzena da Cidadania continuam. Na segunda-feira está previsto uma conferência sobre “Caminhos para a Sustentabilidade do mar em STP”.

 

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Feira do Livro na 6.ª Quinzena da Cidadania

Feira do Livro da 6.ª Quinzena da cidadania patente no Centro Cultural Português

No quadro da 6ª Quinzena da Cidadania que decorre em São Tomé e Príncipe, está patente no Centro Cultural Português até ao dia 28, uma feira de livros. Nela pode-se encontrar obras de diversos autores, tanto da literatura internacional, Ciências Sociais como da literatura infantojuvenil. Tem de tudo um pouco. Os amantes da literatura africana poderão se deliciar com obras de escritores são-tomenses e angolanos como São Lima, Mia Couto e José Eduardo Água Lusa.

Rita Cavaco em representação da Associação para a Cooperação Entre os Povos avançou que a feira tem uma oferta diversificada e que estão patente cerca de quinhentos livros diversos.

“Temos livros distintos desde a literatura africana, ciências sociais, portanto para público diverso apesar de nós termos apostado muito na literatura africana”, avançou.



O presidente da FONG-STP , Cristiano Costa referiu que a divulgação da literatura sobretudo africana é um dos objectivos desta feira de livros.

“ É uma forma de adquirir livros sobretudo dos autores de PALOP, uma vez que o nosso mercado é reduzido. Esta actividade está enquadrada na 6ª Quinzena da Cidadania e tem sido a tradição a realização de feira de livros. As pessoas podem se dirigir aqui para aquisição de diversos livros”, disse

A directora da Biblioteca Nacional e professora , Marlene Jose, sublinhou que gostou do que viu patente realçando que “tem muitas obras de autores africanos que os alunos não têm tanto conhecimento assim então venho a feira para adquirir as obras e ter um suporte para trabalhar com os meus alunos. Temos uma feira bastante diversificada e comprei duas obras uma do Mia Couto e outra de uma nigeriana que gosto muito. São autores que abordam aspectos culturais sobretudo da sociedade africana. É uma boa iniciativa e vai contribuir para incentivar a leitura e aumentar a capacidade de escrita dos alunos”, referiu.


Ainda no quadro das actividades desta 6ª Quinzena da Cidadania está previsto para esta quarta-feira a um workshop sobre o assédio em São Tomé e Príncipe. Uma actividade que irá decorrer a partir das 15h.30 minutos na Reina ( rede de incubadora).

De realçar que a 6.ª Quinzena da Cidadania é organizada pela FONG STP, a Associação para a Cooperação Entre os Povos, a Associação dos Jornalistas Santomenses e a Associação Santomense de Mulheres Juristas no quadro dos projectos “Melhor Governação, Mais Direitos, Mais Cidadania” e “Observatório das Políticas e da Governação de São Tomé e Príncipe” e conta com o apoio da União Europeia e da Cooperação Portuguesa.

6ª Quinzena da Cidadania debate “Vida Digna e Participação”

            

                               Arranque da 6ª Quinzena da Cidadania em STP

Sob o lema “ Vida Digna e Participação”, o Centro Cultural Português com plateia cheia foi palco da conferência inaugural da 6ª Quinzena da Cidadania. Um evento de duas semanas que procura contribuir para o reforço da participação das crianças, jovens e adultos na vida democrática em São Tomé e Príncipe. 

O presidente da FONG-STP começou por referir que a Quinzena reflete a resiliência da sociedade civil. 

 “A 6ª Quinzena procura contribuir para a construção de uma sociedade democrática livre e com envolvimento de todos”, defendeu Cristiano Costa

Representante da Cooperação Portuguesa, Celeste Sebastião referiu que esta 6ª Quinzena da Cidadania pretende reforçar a participação das organizações da sociedade civil que “não estão directamente no projecto.  Esta conferência proporcionará um fórum de reflexão relevante sobre um tema que é crucial para todos, assim como ao longo de toda a Quinzena.”

 

Já Nelson Dias, em representação da Associação para a Cooperação Entre os Povos destacou que a 6ª Quinzena da Cidadania é uma celebração da democracia e da cidadania, pois toca no essencial que é o “ acesso universal dos serviços, customizar os serviços e democratização de próprio serviço. Olhar para as pessoas como parceiros e co- produtores dos serviços públicos. Quando colocamos na agenda o tema da participação pública estamos a dizer que o Estado pode contar com a sociedade civil como parceira na co-produção dos serviços públicos”, disse

 A ACEP entende ainda que a participação é em si um serviço que é “prestado ao país, um serviço prestado à democracia. O acesso à participação é o exercício de um direito humano essencial. Todos nós temos que trabalhar em conjunto no sentido de colocar na agenda de quotidiano”, reforçou Nelson Dias

 Durante o seu discurso David Morrucci, em representação da embaixadora da União Europeia enalteceu o tema escolhido para esta Quinzena.

“O tema escolhido este ano é suficientemente abrangente para que todas as organizações da sociedade civil possam dar o seu contributo. É um palco também para reforçar e alargar a participação das organizações da sociedade civil que não estão directamente envolvidas na implementação do projecto mas que terão muita contribuição a dar ao longo destas duas semanas.”


A 6ª edição terá a tradicional feira do livro,  um debate televisivo sobre a aprovação da Lei de Acesso à Informação, um workshop sobre assédio em São Tomé e Príncipe,   além de um concerto da  Orquestra Infantil Rizoma e a exibição do documentário “Entre Dois Mundos: Histórias de Emigração de São Tomé e Príncipe a Portugal”. 

A ministra da Educação Cultura e Ciências , Isabel Abreu que presidiu o acto apelou à participação das pessoas para este evento nacional “ quero apenas apelar aos participantes, à sociedade civil de uma maneira geral, aos políticos de modo a cingirem no tema escolhido durante a Quinzena. Gostaria de convidar toda a sociedade a participar  neste evento e a contribuir de forma a melhorar o nosso processo participativo e ao mesmo tempo o desenvolvimento do país”, referiu a responsável política.

Durante a conferência de abertura da 6ª Quinzena da Cidadania foram apresentado os principais resultados de relatórios sobre direitos humanos no país. Uma actividade que gerou debate acesso e contou com as experiências de convidados vindos de Moçambique e Guiné-Bissau. 




terça-feira, 12 de novembro de 2024

Arranca 6.ª Quinzena da Cidadania dedicada à Vida Digna e Participação

Arranca no próximo dia 15 de Novembro a sexta edição da Quinzena da Cidadania sob o lema “Vida Digna e Participação”, realizada no âmbito dos projectos “Melhor Governação, Mais Direitos, Mais Cidadania” e “Observatório das Políticas e da Governação de São Tomé e Príncipe”.

A quinzena da cidadania é um evento que procura contribuir para o reforço da participação das crianças, jovens e adultos na vida democrática em São Tomé e Príncipe. 

A 6.ª edição terá a tradicional feira do livro, conferências, apresentação dos principais resultados do relatório  sobre o acesso aos Direitos Humanos em São Tomé e Príncipe , um debate televisivo sobre a aprovação da Lei de Acesso à Informação, um workshop sobre assédio em São Tomé e Príncipe,   além de um concerto da  Orquestra Infantil Rizoma e a exibição do documentário “Entre Dois Mundos: Histórias de Emigração de São Tomé e Príncipe a Portugal”, entre outras actividades.

Destaca-se ainda a realização da conferência “Caminhos para a Sustentabilidade do Mar em São Tomé e Príncipe” e o diálogo institucional para a implementação de uma experiência de orçamento participativo ao nível de local.  

As actividades serão realizadas na capital e nos distritos de Lobata, Lembá e Caué com o envolvimento de associações assim como as autarquias.  

A 6.ª Quinzena da Cidadania é uma iniciativa da Federação das ONG’s em S. Tomé e Príncipe (FONG STP), da Associação para a Cooperação Entre os Povos, da Associação dos Jornalistas Santomenses e da Associação Santomense de Mulheres Juristas, à qual se associaram outras organizações da sociedade civil e conta com apoio da União Europeia e da Cooperação Portuguesa.

PROGRAMA COMPLETO