Sociedade Civil debate “Cooperação e Desenvolvimento” na 7ª Quinzena da Cidadania
“
Não somos capazes de fazer nada fora da cooperação”, palavras de António
Aguiar, empreendedor e um dos oradores do diálogo sobre a Cooperação e
Desenvolvimento realizado no quadro da 7.ª Quinzena da Cidadania.
António Aguiar avançou ainda que em 50 anos da independência mais de metade do Orçamento Geral do Estado continua a ser assegurado pelos parceiros internacionais e há necessidade “ de reforçarmos as nossas instituições e de definirmos estratégias e objetivos comuns partilhados por todos. O governo devia cooperar de forma mais estreita com o setor privado, se quer desenvolver o país. Temos que promover o setor privado, porque é o setor privado que tem capacidade de gerar riqueza”, afirmou.
Joaquim
Rafael Branco, antigo primeiro-ministro e outro orador sublinhou que o Estado
não “ está a funcionar, os órgãos estão zero. Não há liderança com visão e isso
faz com que a sociedade esteja desanimada. O país como não tem capacidade de
coordenação nem de administração, os doadores procuram sempre criar ilhas de
excelência dentro de cada ministério. Temos de olhar a cooperação com os olhos
de ver, porque ela é apresentada muitas vezes como uma acção de caridade, mas é
um instrumento subtil”, explicou.
Os
participantes no diálogo conduzido pela Paula Medina, representante da União
Europeia, lamentaram o estado em que o país se encontra e tocaram também na
vertente da corrupção.
“A
corrupção pode também comprometer os efeitos positivos da cooperação”, disse Milú
Aguiar
A
7ª Quinzena da Cidadania, é uma iniciativa da Federação das Organizações Não
Governamentais de São Tomé e Príncipe- FONG-STP, da Associação para a
Cooperação entre os Povos-ACEP, da Associação santomense das Mulheres Juristas-ASMJ
e a Associação dos Jornalistas Santomense-AJS e visa reforçar a participação
cívica e promover o diálogo.























